domingo, 28 de agosto de 2016

Nada a dizer...


Você disse que iria voltar. E eu acreditei.
Você disse para eu te esquecer, como se fosse possível. Você disse para eu ser feliz sem você. Eu juro que eu tento, mas é tão difícil. Corre um arrepio sempre que lembro de você apertando minhas bochechas dizendo "Pudim!" ou quando você se revoltou porque tinha esquecido seus jogos aqui. Juro que nunca tinha rido tanto numa conversa de msn. Se pensar bem, o fato de que tinha pegado os jogos errados não é tão engraçado. Mas eu estava conversando com você e só isso já me fazia rir a toa... 
Aquela foi a nossa primeira conversa de verdade. E também a última.
Só que naquele dia você virou e foi embora. Para sempre.
Te vi mais uma vez, ou talvez duas. Nós comemos Bob's, lembra? Até falei do seu cabelo, você tinha cortado. E depois o vi pela última vez, e não te perdi de vista até não ser mais possível te ver no horizonte.
Sinto falta disso, até do adeus. Porque três segundos antes, nos abraçamos. Senti seu perfume pela última vez e seus braços apertaram forte contra seu peito. Foram só cinco segundos? Mas a Terra parou...
Aquele abraço era o lado bom da vida, mas para valorizá-lo eu precisava viver. E que irônico: pra viver eu precisava perdê- lo... Como eu o perdi, como eu te perdi. Para sempre.
Ah, se eu pudesse, deixaria a Terra parada por toda a eternidade enquanto estivesse em torno de seus braços.

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