domingo, 8 de janeiro de 2017

Liberdade é poder escolher um mundo de opostos…e não sentir culpa por isso...



Ah, o apego…Apegamo-nos a ideias, escolhas, status e projetos de vida que fizemos há décadas sem perceber que aquele que um dia fez essa escolha já não é a mesma pessoa.
Um mundo de opostos nos circunda e aguarda ansiosamente para ser visto e descoberto. Liberdade é poder escolher… e não sentir culpa por isso (ou lidar com ela, que seja!). Afinal, antes de provarmos ou conferirmos que há vida além desse nosso mundo, é nessa terrinha mesmo que ficaremos fadados a viver e construir nossos caminhos.
Exemplos não faltam de como mudanças, mesmo que radicais, podem ser necessárias e benéficas. Trocarmos de cidade é uma experiência ímpar na formação de qualquer pessoa, mudar de emprego ou terminar um relacionamento ruim são só alguns exemplos.
Tudo muda se permitirmos e trabalharmos para que a mudança aconteça.
Existe uma maldição atrelada a nossas escolhas, aos lugares onde investimos dinheiro, tempo e afeto. É como se mudar fosse uma ofensa, um fracasso, um desserviço social.
O mesmo acontece quando a pessoa se separa, termina um relacionamento que trazia sofrimento, e tem queda na renda. Pensem, quanto mais feliz uma pessoa pode ser se abrir mão de alguns benefícios, mas tiver a sua estima e liberdade de volta? O contrário dessa escolha é apego. Permanecer com o que faz mal é validar uma dependência que vai muito além das desculpas usadas (dinheiro, filhos, 20 anos de relação). É um apego com a desgraça, com o sofrimento, com o que está velho e deteriorado em sua essência. Afinal, a pessoa pode ter vivido uma bela relação por muitos anos, mas, se hoje a beleza acabou, por que ficar? O resumo da história é só um, depois que conseguimos nos libertar da relação ruim (mesmo que seja na base da negação inicial, revolta e muito choro), vemos o quanto foi melhor.
Ruim é quando a pessoa não escolhe nada e quer tudo. Quer a esposa e a amante, quer ser psicanalista e jogar tarô, tem 50 anos e faz 50 plásticas porque quer rosto e corpinho de 25.
A mudança liberta, o sofrimento ensina, mas as nossas escolhas nos engrandecem.
E no final do dia, após toda a rotina que tivemos, deitamos nossas cabeças no travesseiro e somos nós mesmos. A questão é o que poderemos responder acerca de algumas questões como: Somos aquilo que queremos ser? Estamos trabalhando para sê-lo? Ou somos apenas o trapo, as migalhas do que deixamos que os outros fizessem de nossos sonhos, por não termos coragem de viver algo diferente?

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