O que me perturba não é o barulho, mas o silêncio.
O silêncio de alguém que já não converso mais.
O silêncio dos dias que foram passando depressa.
O silêncio da música que lembrava um momento.
O silêncio do riso e do choro.
O silêncio do "bom dia", do "boa noite", do "como está você?"
Um paradoxo, mas este silêncio é ensurdecedor.
É um silêncio que atinge a alma.
Que me deixa a inventar respostas apressadas.
É um silêncio que maltrata, que penaliza, que antecipa.
Um silêncio que me rouba as palavras.
Um silêncio que "grita", mesmo sem dizer uma só palavra!
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